Doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) antes caracterizadas como “de adultos” vêm sendo diagnosticadas em crianças e adolescentes com frequência cada vez maior. Isso inclui colesterol alto, pressão alta e diabetes, decorrentes, principalmente, de um cenário de aumento do excesso de peso e da obesidade nessa faixa etária.
O diagnóstico é da Organização Mundial da Saúde (OMS), que analisou o tema no relatório relatório “Fatos e números sobre a obesidade infantil”, que inclui o Brasil.
Como a infância e a adolescência são um período extremamente importante para o desenvolvimento do ser humano e para a construção de hábitos para a vida toda, está entrando no ar a nova fase da campanha nacional Comer Bem na Escola.
A campanha tem o objetivo de ampliar o debate sobre as políticas públicas para a alimentação saudável no ambiente escolar e a necessidade de regulamentação do que é oferecido e vendido às crianças e adolescentes nesses espaços.
A campanha Comer Bem na Escola é promovida pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) em parceria com o Instituto Desiderata, a FIAN Brasil e a ACT Promoção da Saúde, e foi desenvolvida pela agência Repense.
As peças e os vídeos abordam a importância do ambiente escolar como espaço para a formação de hábitos alimentares adequados e saudáveis, além de alertar para os danos à saúde causados pelo consumo de produtos alimentícios ultraprocessados por crianças e adolescentes.
A OMS aponta que, no Brasil, três em cada dez crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso, o que leva ao cenário de aumento das doenças crônicas não transmissíveis.
Para a nutricionista Giorgia Russo, do Idec, números como esses comprovam a urgência de debater e adotar medidas regulatórias que promovam ambientes escolares mais saudáveis, tanto na rede pública como nas instituições privadas.
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