Mais de 83% das campanhas salariais de janeiro tiveram reajuste acima da inflação

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As campanhas salariais de categorias com data-base em janeiro mantiveram os resultados positivos registrados ao longo do ano passado: de 322 reajustes analisados pelo Dieese, 83,2% tiveram índice acima do INPC-IBGE. Outros 13,4% ficaram com percentual equivalente e apenas 3,4% terminaram abaixo do índice que é usado como referência nas negociações trabalhistas.

De acordo com o Dieese, a variação real média, em janeiro, ficou 1,89% acima do INPC. É o melhor resultado desde julho de 2023. Contribui para isso a queda da inflação. Por exemplo, em janeiro o reajuste necessário para “zerar” as perdas foi de 3,71%. Neste mês, será de 3,82%. No último mês de 2022, o índice era de 5,97%.

Entre os setores de atividade, categorias ligadas à indústria conseguiram aumento real em 89,2% das negociações. Nos serviços, os reajustes superiores à inflação representaram 82,4% do total. No comércio, esse resultado ficou um pouco abaixo (72%).

O valor médio de 313 pisos salariais analisados foi de R$ 1.590,47 em janeiro – 12,6% acima do salário mínimo oficial (R$ 1.412). Esses pisos são negociados pelas entidades sindicais. O maior foi registrado no setor rural R$ 1.729,22, mas o Dieese observa que são apenas cinco casos. Já o menor foi apurado no comércio (R$ 1.529,90).

Por região geográfica

Entre as regiões geográficas do país, a maior incidência de ganhos reais nas campanhas salariais foi observada no Sul (90,4%); e a menor, no Centro-Oeste (69,7%). No entanto, o Centro-Oeste não registrou nenhum reajuste abaixo da inflação em janeiro.

No recorte geográfico, os maiores pisos salariais médios e medianos negociados em janeiro de 2024 foram os do Sul (respectivamente R$ 1.708,88 e R$ 1.676,00); e os menores, no Nordeste (respectivamente R$ 1.499,77 e R$ 1.440,49).

Fonte: CUT

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