O ministro da Educação, Camilo Santana, informou, nesta terça-feira (19), que o governo pretende expandir a oferta de ensino profissionalizante no país a partir de mudanças no ensino médio. Santana espera que as alterações nesta etapa de ensino sejam apreciadas pelo Congresso Nacional ainda em 2023.
A proposta que será apresentada pelo governo foi construída após consulta pública. “A ideia era construir uma proposta que fosse consensual, que buscasse reunir todos os questionamentos ou melhorias que as entidades e os setores desejariam para o ensino médio”, ressaltou o ministro, ao participar do 7º Congresso Internacional de Jornalismo de Educação.
O modelo de ensino médio que começou a vigorar no ano passado havia sido aprovado em 2017. No entanto, as mudanças no currículo foram alvo de diversas críticas, especialmente das entidades estudantis e de professores. O governo abriu, então, uma consulta em que foram ouvidos mais de 130 mil alunos, além de entidades de classe e governos estaduais, para reformular a política.
Uma das principais alterações propostas é a ênfase no ensino profissionalizante, com itinerários mais restritos determinados pelo Conselho Nacional de Educação. Esses itinerários permitem que os alunos aprofundem seu conhecimento em áreas como linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico. No entanto, a oferta de itinerários depende da capacidade das redes de ensino e das escolas.
As mudanças têm previsão de implementação em 2025, com o objetivo de atender às necessidades dos governos estaduais, que solicitaram um período de transição para se adaptarem à nova política educacional.
Camilo Santana enfatiza a necessidade de ajustes no currículo atual, destacando uma alta taxa de evasão escolar no ensino médio.
Agencia Brasil
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